sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Voz


Agora que o sol já saiu a passear
E a noite veio na voz, em seu lugar
Agora que a luz da candeia acende
E o silêncio da vida se surpreende
Agora meu bem...é só escutar...
Ouvir baixinho a voz do velho mar
Como se a vida toda fosse breve estar...
Não, não oiças os meus soluços
São apenas ternuras de impulsos
Que ao mar, meus olhos gostam de dar...
Ouve os seixos, meus sorrisos a marulhar
E deixa-te embalar....as vagas das marés
Que suavizam o corpo, beijando os teus pés
No meu mar tão azul, branco véu, céu de tule...
Ouves meu bem?... é só escutar...
A voz...na noite em que não havia luar
Com meu sorriso chegava, para te embalar!

sexta-feira, 20 de novembro de 2009


BOM FIM DE SEMANA PARA TODOS
(Terei de fazer intervalo que o pc está doente e ainda não sei como tratá-lo)
- Deixo meu beijo enfeitado pela flor -

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Cavalo branco


Nas crinas tinha tranças alvas prateadas
Nas patas uns cascos puros de ouro anilado
Seu trotar era cantar de estrelas aladas
Focinho tinha beijo, de sonho desenhado.

Era o branco, mais branco, feito de luar
Um relinchar tão belo, como se ária fosse
A lágrima de prata, num sagrado altar
A ternura de um sentir, do mel mais doce.

Não sei se a alguém, aparecia ao amanhecer
Porque tanta era a vez, que o via ao anoitecer
Um vulto que me cegava, ledo me encantava...

Ah, fosse eu supernova de azul, em abrigo
Faria que ele trotasse, sempre comigo
Menina que fui, ainda hoje o acompanhava!

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Sabes...


Sabes?...fazes-me falta, sabes?
Naqueles dias, que furtivos sabias...
Agora...agora já não...já não me vias!
Eram olhares, eram fadigas repartidas
E os nossos braços afastados
E depois, tão escondidos...abraçados!
Sabes?...sei que sabes...
É no silêncio que me cantas suaves odes
Sei, sabes...sabes, mas não podes!
Não faz mal...fazes-me falta!
E isso que importa? Se meu coração salta
Quando penso nos teus braços à minha volta...
Importa? Não...claro que não
Também sei, o quanto o teu coração
Chorou tanta vez, à minha porta!
Então...fazes-me falta, sabes?
Tenho saudade de te ouvir
Quando me chamavas miúda
E minhas lágrimas limpavas
Da minha tez branca e sisuda...
E tu?...quem te contava os segredos
Que tinhas escondidos nos teus medos?
Fazemos-nos falta...e então?!
Sabes...um dia, sonhei que também sonhavas...
E que abraçávamos a falta, no meio de rubras lavas
Lá no horizonte, num dia de Agosto
Onde as lágrimas sabiam a doce mosto
E a tua mão procurava a minha
Lá, no fim...sabes?...castelo de rei e rainha...
Sei...fui eu que me afastei...sabes, menino crescido?
Um de nós, escolheu o sonho...um sonho enternecido!
O outro? O outro vive, quem sabe... por aí adormecido!