domingo, 30 de janeiro de 2011

Embalo


Na canção de embalar
Oiço liras harpas e violinos
Sinos de campanários
Anunciando suaves hinos
Oiço lírica de luz celeste
Entregue por mão campestre
Que faz sorrir um rio
E de carinho mata o frio...

E o chão de verde se veste
Seguindo suaves águas no seu leito
E o coração, soa baixinho ao seu jeito...

Será que a vida sossegou num tudo e nada
E tão sã e travessa, me embalou feito fada!?

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Mãos


Mãos estendidas, mãos cansadas, mãos carentes
São assim as mãos em clamores ardentes
Não fossem elas mãos do meio de tanta gente
Poesia de um sentir pedinte de coração quente

Possam lavar-se em mares de gratidão
Possam pisar as ternuras de terno chão
Voando com asas de ave, feito falcão
Sonhando que entrelaçadas sempre se dão

E em seus segredos de cansaços e incertezas
Possam ainda enfeitar o carinho de muitas mesas
Com a alma que vão tendo em suas certezas...

Não, não te pedem o mundo, nem o universo
Somente que haja paz em cada verso
E as suas rugas somem, todo o amor que está imerso!

(escrito a 02/01/2011)

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Ao futuro...


Vermelho sangue nas veias correndo
Com baguinhas de cor nas entranhas
Nasce assim um novo tempo crescendo
Sem saberes como na vida te amanhas

Vais secretamente bonança desejando
Com sede de beber de pura condição
Apenas com ansiedade sussurrando
Às veredas, das paredes do coração

Ah, como é incerto o tempo, o caminho
Como avistas ao longe turva ilusão
Mas a tratas mesmo assim com carinho...

Quantos tempos, quanto do teu chão
Retratas nas feituras do teu ninho
E quanto Amor entregas na tua devoção!...