sábado, 16 de julho de 2011

Lua de regaço


Balada de amor, a lua hoje canta baixinho
Lá no céu onde ela vive sozinha
De corpo de luz, com que o universo seduz
Bailando a sua velha modinha
Sorrindo às estrelas pelo caminho...

Ai lua, lua, quem dera que fosses um instante meu ninho
Me deixasses pairar em teu brilho, presa em belo cadilho
E a meu amor levasses, o mais belo e secreto recadinho...

Quem sabe se no teu regaço, eu recebia aquele meiguinho abraço?!

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Sei que sabes...


Sei dos teus medos em sono profundo
Sei dos teus passos no asfalto do mundo
Sei que nasceste na vida sem pai
E da mãe que tiveste com ai...
Sei meu amigo desse teu ar moribundo
Sei, amor que nasceu em ti, tão viçoso e profundo
Sei daquela saudade que nasce em ti tão capaz
E da nostalgia do dia, que querias ter sido audaz!
Mas a vida escolheu outro palco para encenares
Desenhando-te já cansado para continuares
E na tela do verbo ser de menino da tua época
Voltar atrás é melodia de sinfonia louca!...

Ai, pudera eu amar-te e proteger-te
Afagar-te em mim e merecer-te
Porque sabes? É que também sei
Aquilo que em ti já me dei...

Sei que ao partilharmos a alma
Nenhum de nós jamais sentiria a calma...

Duas quimeras perdidas no caminho
Explodiriam no êxtase do carinho
E deixariam a vida de mansinho...

Sabes? Sei que sim, que sabes...
Um dia no coração fizemos as pazes!