sábado, 24 de novembro de 2012

Não me chames amor


Não me chames amor
Que me dói quando falas
Pois se tens amor na tua boca
Para todos, até quando te calas...
Amor é divindade interior
É um querer que não se diz
É tão funda a sua raiz
Que só a terra dá em flor...
Chama-me o meu nome
Saberei se o dizes com sabor a mel
Não me chames amor
Que amor é escultura feita sem cinzel...
Amor, é silêncio na cova funda
Que só o espelho da alma inunda
Não me chames amor
Que não sou palavra tão fecunda...

E se ainda assim não te lembrares
Dá ao teu querer outros ares...
Do silêncio da verdade de quem ama
O Amor arde no corpo interior, do que chama!