domingo, 18 de maio de 2014

Cidade berço





No espaço interior do ser
Acordando outro amanhecer
Respirando o ventre da essência
Que não o explica a ciência
Cada inspiração, requer expiração
Mas controlando com a emoção
Um coração pulsa devagarinho
Ao ritmo do pulmão, seu vizinho
E sopram-se ventos de procura
Da viagem que sempre não dura
E colhem-se candeias de ternura
Nos olhos brandos de claridade
Que ama e adora a sua cidade...
E bordam-se cais e rio e marés
Pontes, telhados, chaminés
Branco, verde, azul e amarelo
Colinas e ameias de castelo...
E  na tarde que morre devagarinho
Fica o vento doando seu carinho
Na Senhora do Monte que beija
A cidade, Mãe que a ti te proteja
Na Graça, que te foi concedida
Na cadeira da santa ermida...