domingo, 14 de junho de 2015

Manhã



A manhã despertou aguarela
Pintura da cor céu em negro esbatida
Com lágrima orvalhada no rosto dela
Mas com amarelo luz a vencer na vida...
A brisa voou pela cidade, com vaidade
Chuleando as ruelas algo desfiadas
Bordou a roupa esvoaçante da janela
Ouviu-se pipilar, almas de gentes esquecidas
E levantou-se na frescura do arvoredo
Beijo de alegria do ser livre, sem medo

Bom dia, cotovia, pomba branca, aloé!

Guarneçam de renda pura o coração
Manhã de primavera, que tem cheirinho de verão...
Danço no teu cheiro de jasmim, no teu chão...

Molhado ao de leve, eu danço e pouso o meu pé!...