Entrançando a chuva miudinha
Com a luz reflectida na pedrinha
E num silêncio que me envolve
Parando o corpo, a mente se move
Na trança do dia, uma ladainha
E mechas de pensamentos
misturados
Na lanterna acesa dos céus
apagados
Move-se a magia de eternas
quimeras
Sonham-se ali passos de outras
eras
Entre os dedos de utopias
molhados
Momentos quietos, sussurrantes
Ofegantes do dia, de pés
andantes
Entrançados com a ligeira
quietude
Ai que doce é a noite, nada se
mude
Assim... apaixonados como
antes...
E tranças esvoaçando em brisas molhadas
Cheias de perfume de memórias
cantadas
Na chuvinha caída, Amor o sinto,
possuída!