Numa dor que afasta todo o medo
E cinge a tua ausência num gesto preso
Sem despertar do nosso segredo...
E falo, falo sem termo nem medida
Para a solidão interior da longa avenida
Que é o recanto da alma, minha guarida...
Às vezes palmilho léguas dentro de mim
Tantas vezes presa a um frenesim
Que teço e transformo em sedoso cetim...
E conto as longas esperas, nas esferas
Labirintos em que me embrulho na saudade
E paira por dentro, naquele gesto da verdade
Que traduz a monotonia das minhas esperas...
Às vezes já não sei, se era eu que te lembrava
Se és tu, que já me esqueces e nada te recordava...
Às vezes penso, que só às vezes tenho a sensação
Que ao olhar o rosto de um estranho vazio
Encontro quase cem anos de vida, presa por um fio...
Às vezes...sabes?! Em Lisboa vejo o Tejo
Vejo as pessoas todas em sério e sombrio cortejo
Subo as calçadas das ruelas antigas
Desço jardins com janelas floridas...
E penso: (só às vezes!) onde guardaste aquele coração
Que nunca mais eu vi em nenhum corpo, desde então?!
10 comentários:
*
ás vezes ? não,
sempre que aqui passo,
recebo um banho de poesia !
obrigado !
,
brisas serenas, deixo,
,
*
Pode estar tão perto de ti...
É que às vezes a gente distrai-se e não vê o que está mais próximo...
Beijo.
Um Poema lindíssimo,que me deu muito prazer ler.
Um bom fim de semana
Às vezes e só às vezes
Da gaveta das memórias
Soltam-se alguns reveses
Mascarados de histórias
:)
Lindo como sempre.
"O tempo não pára! Só a saudade é que faz as coisas pararem no tempo..."
Mário Quintana
Aproveito para desejar um excelente fim-de-semana.
Bjs do tamanho do infinito
Maria
Só ás vezes
Talvez muitas vezes
Nos perguntamos
Onde foi que se perdeu
Um coração
que já se desconhece
beijinhos
Bem bonito,
este seu poema!
Bom fim de semana.
Saudações poéticas
ecos cada vez melhores!
parabéns
Linda viagem pelas ruelas da tua interioridade, bela e terna e cheia de saudade...
Versos, como sempre, singelos, leves, doces...
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Espero as tuas preocupações tenham desaparecido
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Bjo
poetaeusou
Obrigada pela tua presença
Obrigada pela tua gentileza
Ando a precisar de miminhos
Que o meu caminho anda com represas…
Espero que tudo solte em sorriso
Bem depressa no meu siso :)
(coisitas a mais – acidentes de percurso
mas tem a vida que levar seu curso!)
Um banhito de luz da lua :)
Maria
Pois, provavelmente até está…
Mas não se chega para cá! :)
Obrigadito pela dica e beijito
(agora foi a filhota que teve um acidente
já não sei se me viro para lá
se me viro para cá…ai, gente!!!
Mas tudo já vai indo bem, como convém…) :)
helia
Obrigada pela presença sempre tão gentil
Gosto, quando pressinto que gostam
Do meu dizer, que partilho no sentir :)
Dias lindos pelo Caminho da Vida
clic
Ora aí está uma conclusão
Que me trouxe uma verdade
Do que vai no coração
Vasculhando a arca da idade
:)
E vai um olá junto da luz da lua
Para que enfeite casa tua :)
Maria
Obrigada…sim, o tempo é desassossego
Só finge parar no tempo quando a saudade
Lhe atribui algum sossego :)
Agradeço os beijos e retribuo-os com desejos
de muitos e bons dias em todos os ensejos
Multiolhares
E é tão triste quando isso acontece…
Mas a esperança sempre prevalece!
Beijinhos em luz da lua e tem força e coragem
Para beberes de suave e doce aragem!:)
Vieira Calado
Sempre simpático o poeta
Que fala e sorrindo completa
Com saudação poética…
Eu digo muito obrigada
E deixo um beijo, agraciada!:)
eco
Obrigada pelo eco que aqui chegou
Que ternura e carinho me deixou!
E em eco de volta, se transformou
E luz de suavidade te entregou!:)
Eduardo Aleixo
Sempre um azulinho de carinho
Bailando aqui no meu cantinho…
Obrigada eu deixo enternecida
E porque não dizer, envaidecida :)
(na verdade as preocupações já cresceram
felizmente que já, entretanto, minguaram!
fico agradecida pela tua preocupação!)
Um beijo, com doce amizade do coração
Agradeço o vosso carinho na minha ausência
já que ando, tipo salta-pocinhas…em algumas mezinhas
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