Tarde fria de Janeiro, poetizando teu brio
Mais uma vez na tua paz entrei e te senti
Por dentro luz de outrora em corrupio.
E o meu ser entrou em saudade
E te beijou na serena tarde
E baixou os braços e sorriu...
És a mesma que em tempos descobri!
Nas tuas veias ainda correm pedrinhas
Escadas, torres, muralhas, portas, janelas
Ruas estreitinhas, ruelas
Batentes de ferro nas casinhas...
Alvas, tão alvas, branquinhas!
E o teu chão é feito de segredos
Onde tu escondes, os amantes com medos
E o teu ar altivo de donzela medieval
Cheira a rosmaninho, coentros, aroma matinal
De sabor a hortelã, vestidinha de pura lã
Que passeia os seus véus pela manhã
Lá no alto, senhora vestida de azul
Que guarda as terras lindas do sul!
Hoje e sempre na memória, da história
Guardas os sonhos em manuscritos
Que apenas nos teus céus estão escritos...
E quando piso o teu chão sagrado
Por dentro, em mim, se canta saudoso fado!
E esse abraço que dá a tua doce e simples gente
De sabor tão quente...tornou meu Janeiro ardente!
8 comentários:
Minha amiga
Perante tão lindas palavras, cresceu dentro de mim a vontade de conhecer Monsaraz. Até me chega aqui o cheirinho a rosmaninho, coentros, o sabor a hortelã e todas as outras lindezas dessa terra.
Estou a tecer um 'Xaile de Afectos' por estes dias. Assim, peço-te autorização para levar para lá um dos teus poemas.
E não precisas lá ir pois sei que não tens muito tempo. Voltarei para saber a resposta, sim?
Beijinhos e continua a escrever, pois tu o fazes excelentemente, com muita sensibilidade e talento.
Olinda
Minha amiga (0)Linda,
Tua simpatia é tão doce e generosa
Tua amizade, carinho e cheirinho de rosa :)
Sim visita logo que possas Monsaraz
Verás quanta serenidade ela te trás!:)
Sim, podes daqui "levar" tudo o que queiras
sei que tratas com carinho e boas maneiras :))
Lá no teu cantinho, Xailinho que aquece o coração, de todos que lá vão!!!
Prometo que por lá passo
assim que o tempo me dê esse "compasso"...sabes, confesso, se vou tenho de ver tudo e depois fico "arreliada" pois se mais tempo me peço, nele tropeço
e ficam outras estradas por caminhar
e triste é este meu estar!!!
Ando muiiiito cansada, perdoa...
meu tempo não anda, voa!! :))
Mas teu carinho é tão grande e o calor do teu Xaile tão quentinho que mesmo que não comente eu darei um saltinho...no fim-de-semana, já agendei na minha alma e não haverá "contratempo" que me dê falta :))
Obrigada sempre pela tua doce presença, qual criança crescida
que faz Xaile de Seda, beleza que dá Vida e a todos com ternuras convida
Beijinhos e amizade deixo no espacito e te desejo um universo cheio, do teu desejo mais bonito!
Minha amiga
Muito obrigada por estas tuas palavras e pela tua generosidade.
Levo comigo 'Vem...' aquele teu poema com cheirinho a Primavera que postaste no ano passado em Abril. E levo também o teu nome, posso?Isabel Vieira, não é? Ou preferes que poste o teu poema com o nome do teu blogue?
Voltarei para saber a tua resposta. Quanto à visita ao Xaile, vai só quando tiveres vagar, sim? Eu sei como é, o tempo não estica...
Bjinhos
Olinda
Menina )o)Linda
Podes levar sim...quem dera que a Primavera chegue depressinha...na minha varanda já tenho florinha!! E já me avisa alma minha :)
Quanto ao nome como tu queiras. Sim Isabel Vieira é meu nome e ultimo sobrenome(avó paterna)...
tb gosto de Isabel Calixto (nome do avô materno, que me deu decerto este mosto de adorar rimar)
mas se preferires Baila sem peso para ficares a saber, é anagrama de Isabel + poemas...e como soa a leves penas, foi escolhido na altura para bailar levemente entre gente...
só que pronto agora ando numa de poisar, sem bem que por dentro o coração não pare de "refilar"!:)
(sim o tempo não estica, e qdo se tem fadiga, até domingueira é tãããõ difícil bailar ligeira - a minha mãezita `tá de camita faz tempo e isso causa mto desalento, mas minha querida amiga a musica da vida tem de ser dançada, e quer a saúde deixe ou não tem de existir energia positiva...e a poesia é de certo modo a minha libertação e o doce do meu coração...que gosto de partilhar, e com a rima gosto de brincar! É um pouco do elixir que me dá forças no Existir) :))
E beijinhos deixo e me fico perguntando...virtual é o espaço, como pode o coração reconhecer e enternecer como se fosse, real compasso!? :)
Minha amiga
Muito obrigada pela tua generosidade e amizade. Pois é verdade, o coração tem destas coisas, tem às vezes o dom de adivinhar...
Sim, é como dizes, quando temos os nossos entes queridos acamados sofremos por eles e por nós. A minha mãe, coitada, sofreu bastante. Lembro-me dela todos os dias e o coração aperta.
Desejo-te uma semana levezinha. :)
Beijinhos
Olinda
Comecei este comentário da mesma maneira como o de ontem. :)))
Bem, é porque sinto mesmo o que digo e assim, repito-me... :))
Bjinhos
*
querida amiga
ia, agora, já,
um tinto de Reguengos .
srsrsrsr,
,
Abalei do Alentejo
Olhei para trás chorando
Alentejo da minh'alma
Tão longe me vais ficando
Ceifeira que andas à calma,
Ai, e à calma ceifando o trigo
Ceifa as penas da minh'alma
Ceifa-as leva-as contigo
,
cantava: Luís Piçarra.
,
um mar de
saudosas conchinhas,
ficam,
*
De Reguengos de Monsaraz
Que fica um pouquito lá atrás
E que boa “pinga” nos trás :)
É verdade sim, quanta saudade
Alentejo em mim foi deixando
Ceifadas as penas da minh`alma
Por aqui o venho cantando...
E mais direi no mesmo tom:
Aperto tuas mãos vestidas de aloé
Amigo de longa data, vens chegando
Teus versos, de poeta da Nazaré
Comigo no coração, ficam bailando
Saudosos bailando levemente
Ficam meus carinhos suavemente...
E beijinhos do mar, salgadinhos :)))
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