Era condão, que ternura encerra
Do tamanho de carinhosa mão
Trazia raiz no bolso da terra
E o verde na alma em coração.
Um dia o bolso estava descosido
E deixou o alimento cair ao chão
Depressa como um verso esquecido
Foi apanhada e posta noutra afeição.
Não sei o que a tinha na vida
Se a dor, se a cor, se a solidão
Mas era canção assim vestida
Com as pétalas sagradas da ilusão
Cantava como se fosse toda colorida
E ninguém decerto sabia, a sua condição!
5 comentários:
Vive o Bonsai aprisionado à sua condição.
Justo é conceder-lhe ilusão quando ganha outra afeição
Beijinho
carinhosos cuidados,
suaves e pacientes,
asim se faz a vida...
existe sempre a imagem que projectamos e a outra, a verdadeira sentida. um bom ensaio em volta do bonsai!
O Bonsaï é tão parecido com o nosso coração: cuidados extremos, gestos largos e a atenção de um abraço para que a seiva não pare de molhar esse musculo.
O Bonsai é bonito. Mas como os pássaros, acho que devia crescer e viver livre...
:)
Beijo
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