sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Entre a ousadia e o medo



Penetrando nas entranhas do ar
Sugando maresia do mar
Nadando na onda dos porquês
Dos tempos de era uma vez
Interroga-se a mente e a alma
Que o corpo não acalma...
Porque tudo é um nada constante
E o nada vive num tudo estonteante
Que nunca, o é suficiente
Que põe meio mundo impaciente
E num quê, tão arrepiante
Trás o nada, em tudo inconstante...

Voa para além dos teus limites
Voa, sem rumo, não hesites
Quem sabe se o teu final
É um nada de tudo, sem igual?!
Quem sabe, qual o segredo
Fronteira entre a ousadia e o medo
Que terás de passar a planar?!...
Levemente...como pena a nadar...

Serenidade na vontade, força para lutar!!

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Ausência


Vi a tristeza chorando num canto
Em que a alma toda estremecia
Dei-lhe meu afago por encanto
E seu estado mudança prometia

Ai, mas é tão incerta a mudança
Quando nos ventos sopra lonjura
É como acariciar uma criança
Sabendo que o sentir não dura

A solidão se junta à tristeza
E reside um bailado de leveza
Que no corpo é estranho condão...

E pelo céu com asas de falcão
Dançando em nuvens de algodão
Jaz flor, em coração de incerteza!...