quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Porta de Jardim



Que o Amor Universal, seja a porta entreaberta, que deixe entrar o cantar, do sonho de poeta




Quando eu for assim grande, muito grande
e tiver um jardim a chegar ao céu
quero uma porta a fechá-lo
mas que se veja todo interior seu...
com flores de todas as cores
passarinhos a cantar nos raminhos
das árvores, que vão a porta segurar...
quero verde esperança a segurar os ninhos
quero que seja uma porta feita de tule
transparente, mas com desenho azul...
quero trompetes a tocar, anjos a cantar
a convidar toda a gente a entrar
quero que se vejam as pedrinhas do caminho...
e ele irá dar a uma casa de telhado baixinho
e como anfitriã estarei eu, com um sorriso
para te dizer: entra Amor, que de ti eu preciso!!
Será assim enfeitada a porta do meu jardim
quando um dia eu for grande, e te lembrares de mim...
e beijinhos com cheirinho a alfazema e alecrim
 

segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Momentos...



Sentada na orla do meu Eu
Que o Caminho escolheu
Pintando a tela da Vida
Rodopiando o pincel
Com tons pastel,
Sou pintora do momento
Que na cor desliza em movimento
E trás no arco-íris do infinito
As sonoras notas d`um abafado grito
E sobram tintas, réstias de mil sonhos
Água pura, luz, cor, doces medronhos...

Sentada na orla do meu Eu
O cansaço é muito...
por hora,
só por hora, o corpo me venceu!...

terça-feira, 19 de agosto de 2014

Coração antigo





Ondas de longe que me tocam
Com a aura da brancura
Com a magia do tempo invocam
A purificação que se procura
E matam com Amor solene
Esta verdade bordada
Coração que vem perene
No corpo de alma saciada
Alinhavando na areia que espera
Quente e pura, suave e leve
A linha entre hoje e o que era
Parecer tão distante e tão breve...


Levitando, o sorriso ao longe se ergue
Aura da vida, nadando na cor se escreve...
Para o coração, nele sempre se navegue!

terça-feira, 10 de junho de 2014

Teu corpo Alentejo





o tenho limites para voar 
Na bacia do teu corpo a anoitecer
São águas que me fazem nadar
No feno macio do teu viver

E em paz esvoaço no teu regaço

Sinto em mim o interior a renascer
Na alma da macia terra abraço
Toda a magia que me faz doer

Terra que borda ao guarnecer

A força da vida sentida do sul
Quimera que suaviza o acontecer...

E nado no profundo do azul

A fronteira do céu em meu ser
Afagando-me nesse teu doce paul!...