terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Talvez


Ao mais alto lugar da esperança, subi
O maior desejo de uma verdade pedi
Teu nome gritei, ao vento da procura
Nada se faz ouvir, nesta vontade pura.

Talvez eu não saiba o teu nome pronunciar
Talvez eu não saiba como o devo soletrar
Talvez eu esteja num outro lado, do horizonte
Talvez já bebas, mates sede numa outra fonte.

Troco vogais e consoantes, nesta vã fadiga
Já não sei porque deste querer, ando mendiga
De te chamar, por tanto vale, por tanto monte...

Ajoelho já cansada, rezo em desejo sagrado
Que um dia me ouças, venhas ao meu chamado
Talvez teu nome, seja a vida minha que conte...

(meu soneto no ex-blog Refúgio em 13/06/2006)