terça-feira, 11 de abril de 2017

Teus dizeres não são pecadores




Eu não sei que tens tu, meu bem
Nesse dizer soa rico campanário
Talvez estejas assim doce no porém
Na ternura, oração me soa a rosário

Conheces bem que meu humilde ser
Nunca almejou musical de catedral
Sou de origem pobre que viu nascer
Apenas Avé Maria, de capela Pascal

Lá no fim do horizonte onde te imagino
Laivos de mil cores são doces amores
Como aqui ao pé de mim, se toca o sino

A música ouvida dos teus secretos alvores
Tem dom de me fazer sentir filha de hino
Acreditar! Teus dizeres não são pecadores

Isabel Vieira

(para quem me visita hoje ao fim de um anito, resolvi actualizar o espacito...abraço e beijito)



segunda-feira, 11 de abril de 2016

Maquinista




Nobreza do sentido em mim
Desde a idade de anjo querubim
Quando entre as linhas do olhar
Aquele “cavalo” nos meus sonhos via passar
E sonhava, que eu era o “homem” que ali ia
Naquela cabeça, no seu trotar qu`eu só via
Me sorria... acenava e eu em espanto
O aceno lhe devolvia...
(- Que sorte ele tinha ao transportar a vida
Levando e trazendo estórias em guarida...)
E acompanhou-me a certeza do que era
Ser “senhor” de uma desejada quimera
Queria ser maquinista!!..- Ai quem me dera!
E eis que a vida se fez segredo do sonho
Frenando e acelerando nas lutas do caminho
Ali na linha, entre travessas e pedrinhas
Nas minhas preces, desejos e ladainhas...
Luz, escuridão, trilhos nas linhas do chão
Estação, casinhas,  túnel, emoção...
E um dia aquele meu sonho de menino
Do passado em clave de um sol, soa hino...
Nasceu e cresceu...toca instrumento realista
Agora sim...era eu...o homem...
Daquele cavalo de ferro, o maquinista!!!

Isabel Vieira (Baila sem Peso)
(08/04/2016)

(Beijo de mãezita, que te deseja
que o comboio da vida, seja
um trilho de paisagem sempre bonita...
 "hoje é o primeiro dia do resto da tua vida" - 11/04/2016) :)

sábado, 5 de março de 2016

Leveza de ser




Dentro do meu lar, silêncio navegando
Vai peixinho, na sua quieta serenidade
E borda ondulante toalha, cristalina água
Em pontos de verde, pedra saltitando
Feito ponto esmeralda, ausente de maldade
Dentro dele, não há lugar de qualquer mágoa.


E vai soltando olhares longos e curiosos
Usa barbatana em suaves movimentos
Com seus vizinhos, tão bem, a casa habita
Na sua dança serpenteando ares vaidosos
Dando a quem olha, serenidade de alentos
Tranquilidade, em lago de margem bonita.


Quisera nadar assim nessa leveza de ser
Dar ao corpo que sinto dentro, amadurecer
Doçura do Verbo, amando sem perceber...


05/03/2016

Mês de Março com sorriso no Ser!