domingo, 23 de outubro de 2011

Refúgio



Corria alva e leve e suavemente fria
Bordada por pedra luzidia
No carreiro do rio interior
Entre a brasa da terra em cor
Como se fora sangue das entranhas
Escondida no seio de intrigantes manhas
E na base de gotinhas de cristal
Em circulo como se procurasse pedestal
Num sentido de vida em direcção
Deixando lhe tocassem com a mão
Ansiando que o corpo da sua alma
Sorvesse a seiva de um tempo que acalma...

E tinha o destino, da treva procurar o dia
Namorando a escuridão que a servia
Na fé, da luz que sabia que existia...

E quando aurora se fizesse acontecer
Deixaria o tempo a beijasse no adormecer
Rio de vida, foz de doce marujar a anoitecer!

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Sonho ou talvez não...


Da luz que me embala todo o dia
tentei apanhar a tua simpatia
e qual não foi o meu espanto
quando vi que todo o céu me sorria...
não sei porque foi, porque aconteceu
mas o meu olhar encontrou o teu
e na força interior que nos envolveu
todo o sonho azul, virou encanto...

...e imaginei por momentos:
Será a luz dos teus olhos, nos tempos?