sexta-feira, 24 de junho de 2011

Tempos reais



Numa ameia cerzida, em taça de vida
Corria tempo da hera em sua guarida
Olhares se cruzavam e entrelaçavam
E a ameia reflectia os que se olhavam

Eram vozes, eram ais, eram tambores
Os tempos de dentro, outros valores
Eram suspiros e romances de rainhas
Que viram tecer façanhas e ladainhas

E vieram romanos, vieram lusitanos
Forças medievais, forenses que tais
Dotes de amor, entre seus portais...

Talvez estivessem assim como vestais...
Que se desejavam divinais sem enganos
Na origem da vida, a nobreza dos anos?!...

8 comentários:

Fá menor disse...

Tempos reais
e a realidade dos tempos
apertados entre ameias.

Continua sempre a rimar :)

Beijinhos

Parapeito disse...

olá nina*
sempre bom chegar ao Parapeito e ver por lá a ternura das tuas palavras...que me trazem até aqui num baile sem peso e cheio de carinho...
reais como estes tempos...
....
Um descanso sereno cheio de brisas frescas **

Maria disse...

Perdi as tuas palavras na fotografia dos troncos de árvore... que beleza!

Beijos.

Olinda Melo disse...

Olá, Baila sem peso

O poema é muito lindo, contrabalançando um trocadilho entre 'tempos reais' do tempo em concreto com os 'tempos reais' da realeza, com os seus valores, seus ais e façanhas...

Gostei especialmente deste terceto:

Talvez estivessem assim como vestais...
Que se desejavam divinais sem enganos
Na origem da vida, a nobreza dos anos?!...

A foto dos troncos é lindíssima, parece uma 'janela', aliás, uma ameia ali cerzida de propósito.

Beijos
Olinda

P.S.Obrigada pelo mimo poético que cerziu lá no meu 'xaie'. :)

Olinda Melo disse...

Enganei-me, faltou-me um 'éle' no meu 'xaile'.

:))

Beijo

Teresa Durães disse...

o olhar nesse passado que nos falta: a garra

helia disse...

Um Poema muito bonito , que gostei muito de ler ! Lindas Fotos!

Baila sem peso disse...

Fa menor

E na rima me enleio
E lá vou tecendo “meu paleio” :)

Bjitos sempre com carinho menina musical

Parapeito

Olá nina*! Tudo bem no Parapeito?
Logo lá espreitarei com jeito :)
E deixarei uma palavrinha
Nestes tempos reais
Que vão sendo banais...
Huumm...pelo meu cantinho!!!
Que pelo mundo vai cheio de burburinho
Que é demais e tão cheio de ais!!!:(

Brisas serenas pa ti nina azulinha**

Maria

Já as encontraste Maria? :)
Pois, elas fugiram no meio da ameia...
E olha que é mesmo pedra...
Não é árvore não...achei bonita aquela hera
A crescer, seio de um verde que se esmera :)

Beijos pa ti

Olinda Melo

Na verdade foi essa a intensão
Fazer trocadilho com real(idade) e realeza
E quem sabe porque não
Entre o tempo e a condição
Que vão sendo servidos à nossa mesa :)

(Pois como já disse parecem troncos
Mas não são! É uma ameia bem estreitinha
Que se lembrou de ficar de verde enfeitadinha
E quanto ao mimo é na verdade
O que na vida pretendo partilhar
Pois todos nós andamos carentes
De miminhos bem adocicantes
Que façam nossos dias mais brilhantes!):)))

Beijo e obrigada pela amizade partilhada

Teresa Durães

Tens razão minha amiga!!!
A garra e não só...
Mas o tempo é condição
Que nos vem e vai, escorregando da mão...

Bjitos
(Como vai isso de datas???
Logo que possa, prometo resposta
Tem paciência comigo...logo te respondo e sigo!:)
Ando cansaaada, que não te digo nada!!! :)

helia

Obrigada pelo elogio!
Deixo um beijinho no meio do que sentiu!:)