segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Preces




Que sensação interior
Vem no respirar do meu regaço
Que estado parado e sem cor
Tão frio, tão dormente, desenhado a fraco
compasso...
No leito da alma as noites quentes, são frias
E mesmo nas paredes de cor doce
As cobertas da cama, mesmo macias
Tanto coração pede ao menos num minuto
serenidade só, fosse...
Mas a Natureza da Vida é de ciclos
E tem momentos que trazem surpresas
E tem massacres, fins cíclicos
Deixa que seres humanos sejam
represas...
Na história dos homens tanta semelhança
E se matam ideais com ufanos punhais
Sejam armas, ou palavras de lança
O mundo inteiro está sujo e de actos de
bárbaros sinais...
Talvez eu não saiba pronunciar
Que este desamor é um espaço sem cor
O coração deixa simplesmente de pulsar
Perecendo, vira o mundo uma máquina
sem o motor do Amor...
Por favor não deixem a crueldade vingar
Por favor estendam de fraternidade as mãos
Amor única verdade, que sabe a Vida guardar!...
E na cama macia em prece aos céus, sonho meu
Um grito afogado - afaguem-se, sejam irmãos!...



(23/11/2015)

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