quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Melancolia


Sereno encanto, do meu rio
Pelo nevoeiro abençoado...

Navegando na minha melancolia, a água
Lágrima que beija a foz, que suave desagua
Vem afagar as brumas do meu passeio
Que se cruzam, com barcos de recreio!

Vem bailando meu rio, mesmo cheio de frio...

Vem! Em segredo na proa erguida de navio
Acertar um balançar, que te torna meu amado!

11 comentários:

Nuno G. disse...

o doce ondular de um rio, fazendo balançar o coração...

um beijo sereno...

DE-PROPOSITO disse...

na minha melancolia,
------------
O antagonismo de alegria. E havendo tristeza certamente chegará o momento de felicidade.
--------
Fica bem.
Felicidades.
Manuel

clic disse...

Passeia contigo o rio
Em busca da sua foz
Faça calor faça frio
Ambos a uma só voz

:)

Beijo

AnaMar (pseudónimo) disse...

Rio.
Risadas sem vazio, numa espera de quem sempre alcança.
Bela escrita. E as fotos que tanto dizem...

Áurea disse...

Melancolia, fez-me lembrar a Balada da Neve.

Batem leve, levemente,
como quem chama por mim.
Será chuva? Será gente?
Gente não é, certamente
e a chuva não bate assim.

É talvez a ventania:
mas há pouco, há poucochinho,
nem uma agulha bulia
na quieta melancolia
dos pinheiros do caminho...

Quem bate, assim, levemente,
com tão estranha leveza,
que mal se ouve, mal se sente?
Não é chuva, nem é gente,
nem é vento com certeza.

Fui ver. A neve caía
do azul cinzento do céu,
branca e leve, branca e fria...
- Há quanto tempo a não via!
E que saudades, Deus meu!

Olho-a através da vidraça.
Pôs tudo da cor do linho.
Passa gente e, quando passa,
os passos imprime e traça
na brancura do caminho...

Fico olhando esses sinais
da pobre gente que avança,
e noto, por entre os mais,
os traços miniaturais
duns pezitos de criança...

E descalcinhos, doridos...
a neve deixa inda vê-los,
primeiro, bem definidos,
depois, em sulcos compridos,
porque não podia erguê-los!...

Que quem já é pecador
sofra tormentos, enfim!
Mas as crianças, Senhor,
porque lhes dais tanta dor?!...
Porque padecem assim?!...

E uma infinita tristeza,
uma funda turbação
entra em mim, fica em mim presa.
Cai neve na Natureza
- e cai no meu coração.



Augusto Gil, Luar de Janeiro

Bjo

PreDatado disse...

Por acaso também sou um apaixonado por mares e rios.

vieira calado disse...

Olá, amiga!

Um rio é sempre um berço de memórias

um rio de memórias!

Bjs

poetaeusou . . . disse...

*
profundo post, amiga,
,
desagua
nas brumas erguidas
bailando nas águas
nas brumas melancólicas
do segredado rio
,
conchinhas serenas, deixo,
,
*

as velas ardem ate ao fim disse...

De repente deu me vontade de um abraço...
Uma vontade de entrelaço, de proximidade...
de amizade... sei lá...

Pois então:

Espero que aceites o meu abraço no Velas!

juvenal disse...

O poema tem o sabor daquele lugar que, sendo rio, já pertence ao mar...
Juvenal

Baila sem peso disse...

Nuno G.

Balança o coração na ilusão
Como o rio na sua condição
Serenamente te agradeço
E um beijo te ofereço!

DE-PROPOSITO

Não será tanto a tristeza
Será talvez mais a condição
A folha que cai no Outono
Deixa meu coração ao abandono
Obrigada pelo teu desejar
Um beijo te venho deixar!

clic

Ambos a uma só voz
Ou cantando, ao desafio
Faça calor, faça frio
Navegando no meu rio
Vão as mágoas para a foz!
E para não ficarmos sós
Beijo a tua companhia
No sereno do meu rio :)

AnaMar

Numa espera que sempre alcança
Vão as palavras e o silêncio vazio!...
Aqui agradeço a tua visita que sorriu
Que deixou beleza, no meu rio
Beijo e obrigada
E fico nas brumas agraciada

Áurea

Augusto Gil é uma ternura
Que conheço desde criança
Já alguém me o recitava
E me ficou de lembrança!

Tenho uma foto, em Belém
Com dedicatória do seu povo
Fiquei ao seu lado também
Porque da memória, me comovo!

Obrigada pela tua doce lembrança
Fica um beijinho como doce de criança!

PreDatado

E quem não é? Só por acaso?
Acho que sei de alguém
Só por um mero acaso também
Que vive na margem de lá
Onde corre o rio...e eu de cá
E o mar é o mesmo, não será? :)

Deixo um beijinho a nadar
Para a outra margem alcançar :)

Vieira Calado

De memórias e não só
É um berço de nascimento
È um berço de passatempo
É um berço de alento...
Que corre e faz no tempo
O moinho, mover a mó...

Um beijo com amizade
E um abraço, para não ir só :)

O Cantinho da Mimi

Já espreitei o teu cantinho
E está muito perfeitinho...
Sabes, em tempos já fiz fios
Brincos, pulseiras e outros desafios...
Agora faço-os para mim...
Sendo então assim
Força, e continua
Que a graça e sorte, seja tua!

Beijinho

poetaeusou

Desaguando nas águas do meu rio
Entre brumas de melancolia
Recebo os teus dizeres com simpatia
E à bruma da amizade sorriu
Guardando tuas conchinhas em melodia
Trocando-as por seixos prateados
Da foz, de peixinhos dourados...

Beijo de serena calmaria

as velas ardem até ao fim

Eu aceito o teu abraço Velinhas
E te entrego outro, no mesmo espaço
É lindo o que dizes, sem dizer...
Mas sabes...eu não vou fazer corrente
Vou também fazer diferente!
Vou entregar a um todo, no presente
A todo o que partiu, ou está doente
Um abraço que não tenha idade
Um abraço sem medida...
Mas só na condição de quem aceitar
O saiba também entrelaçar
Na conta perfeita DA VERDADE
Em que se distribui COM BONDADE
E no SER do que dá e do que recebe
ESSE ABRAÇO se concede!
Não vou nomear ninguém...
Fica na vontade, de quem vier por bem!
E desejar abraçar...porque sabe tão bem!!!

Abraço então, com meu coração!

juvenal

E aquele lugar é sabor de meu cantar
Doce e salgado em suave comunhão
Daqueles que gostam de bailar
Como bailou aqui teu coração

Beijo pela bela dedicação