domingo, 22 de março de 2009

Riba e além do rio


Sou filha de um touro da lezíria verde
E de frágil papoila, da seara que dança.

Navego dentro da canoa de um rio...

O sangue é o trigo maduro que se ergue
E corre entre os ribeiros de água mansa.

Mas é na cidade que o sonho é quente e frio...

Sinto dentro de mim a força do animal
Em mim florescem flores que dão sinal.

Paz todos os dias, às marés eu suplico...

E neste desafio, as palavras eu edifico!


6 comentários:

Maria disse...

Hoje tive tempo para te ler toda.
É bom teres vindo à blogosfera. Falta-nos poesia, todos os dias...

Um beijo.

notyet disse...

E sim ! A cidade não garante a serenidade do meio termo.
E porque será que a jovem, de vestido vermelho e olhos claros, não olha a água mansa.
Beijinho

as velas ardem ate ao fim disse...

uma palavra:Brilhante!

bjo

Maysha disse...

Brilhante é tambem o unico adjectivo que encontro.
Surpreendes-me sempre com a poesia das tuas palavras.
Beijos de luz
Isa

Teresa Durães disse...

o touro, animal sagrado na península, era utilizado pelos lusitanos para a preparação da perícia na guerra. a destreza era posta à prova onde o melhores guerreiros sobressaiam

ricardo disse...

:)